Histórias, lembranças, saudades e muita, mas muita troca de conhecimento marcaram a I jornada de estudos sobre patrimônio imaterial, promovido pela Prefeitura Municipal de São Cristóvão, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo. Aberta na manhã de ontem, 19, na casa do Iphan, centro histórico de São Cristóvão, a jornada atraiu um público recorde e o espaço ficou pequeno para os mais de 100 inscritos, que durante dois dias puderam trocar experiências e absorver mais conhecimento.
Entre professores e amantes da cultura popular, estudantes de história e turismo fizeram questão de participar do evento. Para Jurema Ribeiro, estudante do 5° período de turismo, essa é uma oportunidade imperdível, principalmente por se tratar do patrimônio da humanidade. "Acho a cidade muito encantadora, tudo que acontece aqui é de cunho coletivo. O debate não é interessante apenas para nós técnicos e profissionais da educação, mas para própria comunidade que vivencia isso tudo" relatou a estudante.
A Unesco define como Patrimônio Cultural Imaterial as práticas,
representações, expressões, conhecimentos e técnicas. Aglaé Fontes,
secretária da cultura, falou que a cultura não é algo estático e sim
dinâmico e é através dela que construímos nossa identidade.
O Patrimônio Imaterial é transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade.
Além das palestras os presentes tiveram uma aula prática, e puderam aprender técnicas e dicas, que podem ser aplicadas tanto na escola como fora dela. Segundo a agente cultural, Eliene Marcelo, todo o conhecimento adquirido no curso será transmitido aos visitantes que chegam à cidade. "Quero mostrar a eles tudo o que aprendi, eles tem que saber o quanto nossa cidade é rica em cultura"explica Eliene.
O término do evento foi abrilhantado com uma grande mesa redonda, intitulada "Quem sabe faz", a qual participaram importantes nomes da cultura sancristovense, a exemplo dos Mestres Rindu (Caceteira), Satu (Reisado), Jorge (Taieira), Jazon (Langa) e Mestre Madalena (Samba de Coco).