Museus virtuais: a sistematização no desenvolvimento tecnológico da informação e comunicação
¹ Bárbara Ismerim Moura
² Vera Helem do Nascimento

Este trabalho tem como Tema “O Museu Virtual na Sistematização do Desenvolvimento Tecnológico na informação e comunicação como um Todo” que, através de uma visão, conhece e percebe-se o grande avanço das novas técnicas de trabalho de conhecimentos de histórias de memoria, preservação, conservação, exposição, tradição, cultura natural e material e como salvaguardar em diversos aspectos históricos construtivos e inovados na interatividade com todo o público, na era da internet, no processo da informação e comunicação em imagens representadas e atrativas.

Com as novas tecnologias percebia-se o grande avanço na sociedade atual, que cada vez mais sentindo a grande necessidade que precisava ir além de novos desafios, e que pudesse chegar ao ponto de análise e reflexão que pudesse atingir um público maior no sentido do desenvolvimento das exposições no Museu, na informação e na comunicação como um todo de forma atraente.

Entretanto, trata-se de dois objetivos essenciais: definição e discussão do conceito de Museu Virtual, definição das formas possíveis de materialização desse conceito, através do recurso às TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação), que se desenvolve ao longo de dois aspectos centrais para a temática: Desenvolvimento na utilização das TIC como instrumento de comunicação entre o Museu e o seu público, utilização das TIC, como instrumento de transformação do espaço expositivo, material e imaterial do Museu.

Material por estar representado, existente e concreto na informação e Imaterial por estar na Imagem virtual e que através de sons, luzes e efeitos sonoros são capazes de transmitir informações rápidas surpreendentes no público dentro de uma exposição virtual de determinado Museu, que causam atrações e também não podemos esquecer que essa nova tecnologia ela vai além de outras comunicações que permite o acesso de vídeos, filmes, rádios, ornamentações virtuais que falam por se só dentro de um espaço expositivo dentro e fora do museu fascinando seu público por quem queira acessar. Como por exemplo: temos o Museu do Max, quem quiser conhecê-lo é só acessa-lo sem sair de casa, é só ter um computador e internet.

Os Museus tiveram que se adaptar com as necessidades e se libertar dos espaços tradicionais e limitados, para se tornar acessível ao grande público em constante transformação. Os Museus da atualidade estão a enfrentarem um desafio constante e primordial: a comunicação com seu público e capaz de transmitir um conceito e de possibilitar aos diversos públicos experiências sensíveis através da interligação com o objeto museal. Observa-se a grande necessidade por parte das instituições museológicas em se pensar nas formas para se tornar mais acessível ao grande público, na intenção da educação e da informação à comunicação com objetivo de salvaguardar suas heranças patrimoniais. Se a nova museologia que evoluiu para os novos desafios nas transformações da sociedade, levando aos parâmetros de mudança, com novos desenvolvimentos digitais e Tecnológicos, é possível desenvolver uma boa interatividade potencial com público local e especifico nacionalmente e exteriormente. Ou seja, ele vai dissociar o objeto (acervo) de sua essência, representação, brilho, luz, vida, materializando-o sob forma de imagem virtual, ou seja de busca.

Se este desenvolvimento pode ser mais atrativo pra os Museus e o público e disponibilizarem mais informações e entretenimento, construindo um espaço atrativo e acessível a todos, com a capacidade de alegrar e multiplicar as experiências sensoriais e cognitivas que cada sujeito pode usufruir, deixando que ele mesmo se integre nas suas próprias expectativas de interesse em relação à determinada exposição ou Museu Virtual; já que o Museu tradicional causa preocupação, por não conseguir transmitir o seu valor por visita.

Segundo, Marta Marandino, “o foco da segunda geração” dos museus (MCMANUS, 1992), que surgiu nos séculos XIX e XX, esteve na ciência e na indústria, como também na terceira geração, que foi o sujeito ativo no processo educativo no Museu, que aposta no seu engajamento intelectual, através de sua interação, que requer constante entre o individuo e o ambiente. (STUDAT, 2000).

O desenvolvimento das TIC tem a perspectivas na nova museologia no mundo da ciberidade, que chega a qualquer lugar com mais facilidade e qualidade de imagem, transmitindo conhecimentos, informações e comunicando todo processo virtual em cada sistema citado em suas busca eletrônica. O museu virtual, garante novos conhecimentos na tradução dos infinitos significados que os objetos guardam, tendo o poder de inovar, ele e o local e lugar, que ele mesmo guarda o seus valores e bens Material e Imaterial, privado ou público, artístico ou cultural e religioso ou natural. Os serviços da TIC surgiram recentemente a mostrar, que o modelo de serviço está vivo, pode ser melhorado, pode impossibilitar os ataques judiciais e continuar livre e gratuito, talvez para sempre, possibilitando a criação de Softwares que geram redes perto, Instantâneas na internet, sem ajuda de servidores centrais e ainda assim, mantendo uma estabilidade incrível na troca de dados; Isso significa que tem uma permanência invejável, e absolutamente tudo exibem muito mais informações.

Segundo Rute Muchacho, “ao visitar um Museu virtual via internet ou CD-ROM, fica se com uma visão de espaço museológico. A visita desenrola-se num ecrã e é comandada pela escolha do visitante virtual, de acordo com as suas necessidades. As barreiras físicas entre os objetos e os visitantes são dominadas, o mesmo acontecendo à obrigatoriedade de seguir determinado percurso.”

“Relações que se dão na realidade sugerindo um novo meio de contemplação, onde os pinceis e as cores são substituídas por determinada imagem, (Rato ou Peixe), renovando o estatuto da imagem e a sua relação com a arte, no Museu sem muros e coleções contidas na manipulação de artifícios; Processos que faz de pagina em pagina, como se andasse de Galeria em Galeria, interagindo com os objetos e mudando o percurso expositivo.”

“O Museu Virtual cria uma nova realidade na comunicabilidade estética entre o Museu e seu público, com a utilização das TIC, para criação de novas realidades museológicas, integrando o conceito de interatividade nos percursos museológicos e possibilitando ao visitante varias alternativas de escolhas (fruições).”

“O visitante deixa de ser um sujeito passivo, que apenas reage à mensagem que lhe é permitida, passando a ser incentivado a participar e interagir com o espaço”. E criando seu próprio percurso expositivo de acordo com sua experiência, gostos pessoais e a sua cultura. O criador do projeto expositivo tem a sua forma ideal de percurso para compreensão de uma obra ou transmissão de determinado conceito, e cada visitante tem o direito de fazer uma experiência própria da obra.”

“Os objetos museológicos estão todos acessíveis, constituindo um gigantesco arquivo ao qual se pode aceder por um computador ligado à WWW, possibilidade de ter objetos em exibição on-line proporcionando que toda a coleção esteja acessível, em qualquer momento, podendo ser utilizadas de varias formas e através de vários meios de comunicação.”

“As experiências do Museu Virtual tem os seus críticos, como também é essencialmente um Museu sem fronteiras, conjunto de novas visões.”

A autora faz uma abordagem no campo museológico, analisando os melhores meios de desenvolvimento na informação e na comunicação como um todo e cita a TIC, como exemplo de trabalho formal e de qualidades em varias áreas, principalmente na informação on-line, CD-ROM, como nova visão no espaço museológico.

¹ Bárbara Ismerim Moura é aluna do curso de Museologia da UFS.

² Vera Helem do Nascimento é aluna do curso de Museologia da UFS.




Artigo publicado no site Museus em Sergipe
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