Inclusão Social em Museus
Este artigo foi baseado no texto "Inclusão Social em Museus", de Maria das Graças Ribeiro, do Museu de Ciências Morfológicas (MCM) da UFMG

*Jovelina Maria de Santana

Dentro de um processo evolutivo da história da humanidade, o texto de Maria das Graças Ribeiro demonstra a grande diversidade biológica existente na natureza, com convivência e interatividade, onde a diferença de seres e grupos fazem parte de um longo capítulo à evolução coletiva, seja ela racial, religiosa, da exclusão dos menos favorecidos e dos portadores de necessidades especiais dando ênfase à deficiência visual, gerando uma sociedade com sua cota de excluídos, deixando-os sem informação aos diversos serviços e produtos da ciência e tecnologia.

Mudanças vêm sendo feitas, sinais que começam a ter visibilidade em movimentos a instituições para identificar a formação da consciência ecológica e do mundo inteiro consistente na preservação de bens. No Brasil desde a década de 90 vem sendo existindo a estimulação de sensibilidade à sociedade para o enfrentamento das mudanças que vêm ganhando através de movimentos e iniciativas nacionais e internacionais. Para que se trabalhe a vida como patrimônio precisamos conquistar o compromisso de cada cidadão consigo mesmo e com o ambiente no qual está inserido, dando-se como exemplo o Museu de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Minas Gerais.

Mesmo com avanço de pesquisas a sucessão de acontecimentos em cada um, o papel social do homem está condicionado ao longo da sua história, levando até mesmo a várias consequencias devido a indiferença/ignorância de desobrigar-se da responsabilidade sobre sua qualidade de vida. A partir das últimas décadas do século XX, os cidadãos despertam para tal situação, reivindicando a necessidade do acesso a informação do conhecimento sobre o organismo humano. Observadores atentos estabelecem a diferença das demandas como dos cidadãos comuns que têm a vontade de conhecer o funcionamento do seu próprio organismo e a dos estudantes portadores de alguma deficiência interessados na área de saúde. Diante do desenvolvimento de vários projetos de pesquisa, educação, divulgação científica e promoção social, todos visam a inclusão da comunidade para a conscientização do homem a preservação da natureza e educação para a saúde.

O acervo do museu, criado como um espaço aberto à comunidade, este voltado exclusivamente a constituição macro e microscópica do corpo humano, trabalha com a Morfologia Humana expondo de forma suave, atraente e interativa para um público tão diversificado tornando-se um desafio para o Museu de Ciências Morfológicas(MCM), dedicando-se ao interesse da comunidade de modo especial à inclusão de pessoas com necessidades especiais de aprendizado tanto nas escolas como em outras instituições da ciência e cultura.

Visando o acesso da inclusão de pessoas com necessidades especiais em museus, iniciativas foram tomadas nos últimos anos , fazendo simulações de ambientes, ainda que grupos minoritários façam parte dos projetos do MCM, porém com a vontade de expandir e acolher seja algo mais de que incluir é mais que a acessibilidade física. Sabe-se que a deficiência visual até pouco tempo é uma realidade com limites de muitos cidadãos em todo mundo, mas hoje apesar dos obstáculos, vem se tornando visível para a sociedade, o direito do indivíduo o seu acesso à informação, à cultura, ao desenvolvimento científico e tecnológico sem se apresentar como fator de exclusão social.

Muitos jovens com deficiência visual mantém uma postura otimista mesmo sabendo a dificuldade que enfrenta de chegar a um nível superior ou ingressar no mercado de trabalho, que para sua formação dependem de investimento que tenha um compromisso social com as universidades motivando os jovens deficientes.

Para a integração entre os estudantes de necessidades educacionais especiais e outros estudantes é baseado no fato de não se fazer parte de uma cultura de individualismo liberal e sim mostrar a mediação da participação ativa no museu relacionado à educação formal e não formal, desde que exista projetos de sustentabilidade para a inclusão social no museu, sendo o grande desafio é encontrar soluções como uma abordagem de pesquisa.

*Jovelina Maria de Santana é aluna do 5º período de Curso de Museologia da Universidade Federal de Sergipe




Artigo publicado no site Museus em Sergipe
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