Museus e Comunidade: Comunicação e Educação
MUSEUS E COMUNIDADE: COMUNICACAO E EDUCACAO

* Lilian Santana dos Santos

Em cada época e país houve um marco em cada museu. Alguns passaram por intervenções, outros não sofreram nenhuma transformação, e tudo isso aconteceu pausadamente. Os museus eram criados e mantidos de acordo com a classe social da época. De modo a entender que eram cofres, com a função de salvaguarda de todos os objetos e utensílios de valor, cada um com sua representatividade. A partir daí surgiram os gabinetes de curiosidades, onde o proprietário tinha total domínio de conteúdo de cada objeto e a função era apenas expor.

O primeiro museu a abrir suas portas foi o Louvre em Paris. Assim, disseminando os valores burgueses pós-revolução onde o acervo era composto por coleções das famílias reais. E com a redução do poder aquisitivo da nobreza, nasceram as associações de amigos dos museus.

O primeiro museu sustentado por sócios e patrocinadores foi o Metropolitan de Nova York. Partindo daí a idéia de aproximar o público sem que houvesse uma ação educativa. As abordagens filosóficas começaram a mudar. A antropologia impulsionou a ciência passando a valorizar o patrimônio ambiental e cultural, renovando-se paulatinamente dando a conhecer ao homem sábio e erudito que propôs novos paradigmas da relação entre o ser humano moderno e seu espaço doméstico público. E ainda, propiciar ao expectador novas condições para compreender a participação do público, interagindo na busca por novas mudanças e adaptações.

A preocupação com a educação desenvolvida propõe novas discussões na constante construção de novas diretrizes com contato sócio- político, histórico e econômico cultural. Um projeto educativo expõe seus objetos por meio de visitas guiadas e mediadas, por equipes interdisciplinares de educadores. As atividades podem ser pontuais correspondentes ou extensivas integrando-se a temas específicos na diversidade de tipologias de coleções, transformando-se em atividades ludo-pedagógicas ou individuais. As atividades que complementam os conteúdos programáticos escolares vão desde folders, cursos e palestras aos educadores enfatizando as diferentes categorias e conceitos presentes de acordo com o tipo de exposição, propondo variações com mostra especifica de expressão cultural.

Ao questionar o seu papel na comunidade o museu passou por uma revisão conceitual, redimensionando a função pedagógica, onde os monitores estão sendo treinados e capacitados. Para satisfazer o visitante, facilitando o aprendizado.

Com o passar do tempo adotou-se uma museografia didática e lúdica, com vitrines interativas com iluminação e recursos aprimorando com novas tecnologias em som e imagem. Atendendo a diversidade cultural, o museu passa a atuar como agente do conhecimento. Os museus sendo conhecedores de toda ação legislativa, não podem descartar acervos, mas encontrar para eles algum tipo de função integrando-o ao grupo dos instrumentos de transformação social.
A concepção que é possível ser observada em alguns museus é que há instituições que permanecem em gabinetes de curiosidades, ou seja, na pré-história, podendo conceituar-se entre modernos e alguns caminhando para a pós-modernidade, tanto em relação a arquitetura como as ações e projetos a serem desenvolvidos.

*Aluna do curso de Museologia da UFS

Referência Bibliográfica
BINA, Eliene Dourado. MUSEUS E COMUNIDADE: COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO.




Artigo publicado no site Museus em Sergipe
http://itabi.infonet.com.br/museusemsergipe

URL:
http://itabi.infonet.com.br/museusemsergipe/modules/sections/index.php?op=viewarticle&artid=15